O futuro do transporte: para onde vamos?
Última atualização de 31 de agosto de 2022 em Cidades Inteligentes por Geotab Team | 6 minutos de leitura
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Descubra o futuro do transporte e como as novas tecnologias nos levarão até lá.
Desde sempre, as pessoas têm procurado maneiras de viajar com mais rapidez e praticidade. Primeiro, inventamos a roda, depois carrinhos e vagões, a energia a vapor e o motor de combustão interna. A inovação continuou com carros elétricos, bicicletas e veículos autônomos. Idéias que pareciam pertencer somente ao reino da ficção científica estão se tornando realidade.
Continue lendo para descobrir o que está a caminho no emocionante futuro dos transportes.
Três conceitos que orientam o futuro do transporte
As preocupações ambientais e de segurança provavelmente serão os fatores que mais determinarão o futuro do transporte. Com isso em mente, três temas comuns da inovação no transporte são:
- tecnologia inteligente
- eletrificação
- autonomia
Devido ao investimento significativo nessas tecnologias nos últimos anos, é provável que todos esses fatores sejam importantes colaboradores para o futuro do nosso transporte.
Consulte também: O impacto da entrada de veículos elétricos de carga pesada no mercado
Inovações em transporte
Aqui está uma visualização do que está por vir no mundo dos transportes:
Veículos aéreos autônomos (AAVs)
Já foram realizados vôos de demonstração bem-sucedidos de veículos aéreos autônomos (AAVs). Apesar de terem semelhanças com os drones, que geralmente não são tripulados, os AAVs apresentam algumas diferenças. Os AAVs são essencialmente drones autônomos projetados para transportar passageiros.
A maioria das configurações desses veículos voadores usam Decolagem e pouso vertical (VTOL) por meio de rotores horizontais, sem necessidade de pista. A ideia é colocar os passageiros em AAVs, tirando-os de vias congestionadas, a caminho de seus destinos via rotas diretas, reduzindo muito o tempo de viagem.
O EHhang 184 traz um conceito de mobilidade aérea urbana com conexão 5G, é controlado por uma central de comando de cidade inteligente e está pronto para ser o primeiro táxi aéreo do mundo, com previsão de lançamento na Copa do Mundo FIFA de 2022 no Catar.
Hoverbikes
As Hoverbikes são um método de mobilidade que pode ajudar a aliviar o tráfego para viagens de curta distância. Esse conceito é comparável a um AAV pelo fato de usar uma plataforma VTOL. No entanto, em vez de serem não tripuladas, as Hoverbikes têm um operador humano que tripula e controla o equipamento. O fator forma se assemelha a uma motocicleta comum, com quatro rotores (quadricóptero) capazes de transportar uma pessoa.
A Hoversurf, uma empresa russa, desenvolveu a Hoverbike S3 2019, uma estrutura de fibra de carbono de uma peça alimentada por bateria, capaz de voar a 96 km/h e 10 m de altitude. A um custo de US$ 150.000 por unidade, a hoverbike vai demorar a ser uma opção para quem vai e volta do trabalho diariamente.
Táxis autônomos
Os carros autônomos estão no ápice da implantação generalizada, embora ainda estejam amplamente limitados a ambientes de teste e projetos piloto. Atualmente, eles estão ativos nas vias. Em Las Vegas, a Lyft oferece passeios autônomos cobrando uma tarifa, com sua frota de 30 veículos Aptiv.
Esses veículos representam mais do que as eficiências de EVs e veículos autônomos, trazendo também uma mentalidade de mobilidade inteligente. Esses táxis futuristas se comunicam uns com os outros, com uma infraestrutura inteligente, com a IoT e com os clientes, e reúnem imensos volumes de dados para gerar ainda mais eficiência enquanto se deslocam por cidades inteligentes.
Bicicletas elétricas
Embora as bicicletas elétricas não sejam necessariamente uma novidade no jogo do transporte, a popularidade delas está crescendo, pois os usuários procuram opções de transporte mais ecologicamente corretas e menos congestionadas. Em março de 2020, as vendas de bicicletas elétricas saltaram 85% em relação a março de 2019, principalmente devido ao fato de que os usuários desejam mais espaço no transporte diário.
Cidades como Edmonton também estão oferecendo descontos em bicicletas elétricas para incentivar modos de transporte ecologicamente corretos e reduzir a dependência de carros e transporte público para o trajeto diário dos usuários.
Hyperloop
A ideia do Hyperloop foi vislumbrada pela primeira vez por Elon Musk em 2012. Esse futuro meio de transporte foi projetado para transporte de longa distância entre cidades, países ou até mesmo continentes.
O princípio do Hyperloop é baseado no movimento de pessoas em cápsulas que viajam em altas velocidades e longas distâncias através de tubos. Dentro dos tubos, há um ambiente de baixa pressão sem ar, enquanto as cápsulas usam a tecnologia de levitação magnética (Maglev) para propulsão. A baixa pressão e a tecnologia Maglev criam um ambiente de atrito muito baixo, permitindo que as cápsulas atinjam 965 km/h.
A Virgin Hyperloop tem uma pista de testes de 500 metros em Apex, Nevada, chamada DevLoop. Os projetos do Hyperloop estão sendo considerados agora na Índia, nos Estados Unidos, no Reino Unido, no Canadá e no México.
Outros exemplos de novas mobilidades incluem: trens autônomos Maglev sobrevoando as ruas da cidade, bondinhos muito acima dos horizontes urbanos, carros híbridos com asas, bicicletas elétricas, skates e outros dispositivos de mobilidade pessoal, ônibus autônomos e até mesmo os foguetes Falcon 9, que aproveitam a velocidade do voo espacial para transportar rapidamente pessoas ao redor do mundo. Muitos deles estão em desenvolvimento avançado e com implementação ainda mais ampla.
Problemas e soluções para congestionamento
Estradas projetadas há décadas são, muitas vezes, inadequadas para a explosão demográfica, resultando em indesejados congestionamentos no tráfego. O uso de marcha lenta e freadas bruscas, ambos associados a estradas movimentadas, são comportamentos ineficientes que desperdiçam combustível e causam danos dispendiosos ao veículo.
Não surpreende que o transporte seja um dos principais fatores que contribuem para as emissões de gases do efeito estufa, compondo 28,2% do total de emissões de gases do efeito estufa nos EUA em 2018, de acordo com a EPA. Os gases do efeito estufa contribuem para a mudança climática e representam também riscos mais imediatos para a saúde e segurança.
De fato, a Organização Mundial de Saúde (OMS) identificou que a poluição do ar ambiente, proveniente de veículos e outras fontes, causou milhões de mortes prematuras e pode trazer outras complicações, como doenças cardíacas e câncer de pulmão.
Para atenuar esse problema, a Geotab GmbH está colaborando com o Center Smart Services no RWTH Aachen Campus, na Alemanha, para investigar a qualidade do ar em Aachen. O projeto Mobile AirQuality Measurement tem como objetivo reunir dados sobre a qualidade do ar hiperlocal para otimizar o planejamento e o gerenciamento de tráfego. Esperamos que, no futuro, mais cidades utilizem insights orientados por dados para aliviar o congestionamento, minimizar o tempo parado com motor ligado e melhorar a qualidade do ar, especialmente ao redor de locais como escolas e hospitais.
Mudanças nas tendências de propriedade de carros
O transporte público melhorado e os sistemas de transporte por aplicativo e compartilhamento de carros podem desencorajar a propriedade individual de veículos. Atualmente, os EUA têm a maior concentração de carros per capita em todo o mundo, com pouco mais de 800 carros a cada 1.000 pessoas em 2014, um índice mais alto que o Canadá, a Europa e a região do Pacífico. O índice da União Europeia em 2017 era de 602 veículos a cada 1.000 habitantes.
Um estudo de 2019, realizado pela empresa de dados automotivos Canadian Black Book, revela que 35% dos canadenses entre 18 e 34 anos planejam reduzir sua frota doméstica nos próximos dois anos, e 41% deles planejam fazer isso nos próximos 10 anos. A incerteza econômica atual provavelmente atrasará os gastos discricionários do consumidor com itens caros, como carros.
Além disso, a crise da COVID-19 forçou muitos empregadores com sede em escritórios a reconsiderar as rotinas normais de trabalho. No futuro, o teletrabalho em pelo menos parte da semana pode se tornar uma solução de longo prazo para empresas flexíveis, reduzindo a necessidade de os funcionários possuírem um veículo privado. Antes da pandemia, apenas 4% da força de trabalho dos EUA trabalhava remotamente; em meio à crise, esse índice rapidamente cresceu para quase metade da força de trabalho. Caso o teletrabalho se torne uma opção permanente, provavelmente veremos menos trabalhadores indo de carro para o trabalho, o que reduz o congestionamento e as emissões e melhora a qualidade do ar urbano.
Participe da revolução da mobilidade
Os novos serviços de mobilidade e o alto custo da propriedade e da manutenção de veículos estão persuadindo os usuários de transporte a procurar opções alternativas. O transporte por aplicativo, por meio de empresas como Uber, Lyft, Car2Go, Zipcar e outras, tornou-se uma opção confiável para muitos passageiros nos últimos anos. No estudo da Canadian Black Book, 27% dos canadenses entre 18 e 34 anos contavam regularmente com esses tipos de serviços de mobilidade.
Muitos fabricantes de automóveis também têm dado aos EVs uma posição firme em suas futuras ofertas e estão investindo em pesquisa e desenvolvimento de mobilidade.
Lukas Neckermann, autor e palestrante da área de transporte, afirma que a “revolução da mobilidade” está chegando para a indústria automobilística e é definida pelos três zeros:
- zero emissões
- zero acidente
- zero propriedade
Neckermann diz que “a ferramenta mais poderosa para a mobilidade é o seu smartphone”.
Conclusão
No futuro, os dados, a IoT e as tecnologias de emissão zero proporcionarão meios de transporte mais limpos e eficientes. Os carros ainda estarão em nossas vias, no entanto, mudarão a energia que os alimenta e a forma como eles são comprados, alugados, locados e operados. Os exemplos acima são apenas algumas das inovações no horizonte do futuro do transporte.
Para obter mais informações sobre os conjuntos de dados de inteligência e a análise urbana da Geotab para as cidades, leia nosso white paper:
Insights sobre cidades inteligentes orientados por dados
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